Macário Correia é um homem de metáforas fortes – há uns anos comparou um beijo a uma fumadora ao acto de lamber um cinzeiro. O tempo não retirou a Macário a patine do politicamente incorrecto mas conferiu-lhe um pouco mais de sofisticação na forma como expõe os seus pontos de vista. A última causa do autarca combate “maus hábitos” e “vícios antigos” mas, felizmente, não envolve a relação de humanos com cinzeiros. Macário decidiu proibir os funcionários da Câmara de Faro de permanecer em estabelecimentos de comércio de bebidas durante as horas de expediente. E não se trata apenas de conversa. O despacho do autarca prevê que as ausências prolongadas nas horas de serviço a beber, a comer ou simplesmente a palrar, sejam punidas como faltas injustificadas e processos disciplinares. O gesto exige bom senso na avaliação mas é um acto corajoso e que ataca de frente, sem paninhos quentes, o tema crónico da falta de produtividade. Em resposta ao Jornal de Notícias, Macário sintetiza a razão principal que justifica a sua decisão: “Se você estivesse meses à espera de um despacho e não o tivesse porque o funcionário que deveria tratar disso passa a maior parte do tempo no café, certamente não gostaria”. Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque e Macário continua a ser Macário. Ainda bem…
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